sexta-feira, 2 de maio de 2025

A Sério?

 Sou enfermeira auxiliar de cuidados paliativos e de reabilitação de pacientes após alta hospitalar.

O meu ultimo paciente teve alta hospitalar indevida , pois que não estava clinicamente apto a receber alta médica do hospital, e o ambiente em casa era de uma sujeira atroz o que é altamente contra indicado a quem já está com o sistema imunitário enfraquecido devido à doença e também à idade já de si avançada.

rolou para fora da cama de campanha onde o largaram . quando cheguei ao loca o paciente estava a dormir, 

acordou deveria ser perto das duas da manhã a vomitar e com diarreia de cor negra, eu limpei-o o melhor que pude. ele voltou a adormecer. eu fiquei a monitorizar  o seu estado. era perto das quatro da manhã quando eu vejo o bracito dele no ar e depois o vejo a erguer a cabeça levantei e fui ao seu encontro só que já fui tarde pois que ele rolou para fora da cama de campanha e acabou por esfolar o cotovelo na alcatifa, o que causou sangramento. chamei a equipa médica de emergência, respondi ás mil e uma perguntas que me fizeram, e depois fiquei à espera que a ambulância chegasse. ele acabou por conseguir voltar para a cama e adormecer de novo. eu não saí da beira dele monitorizando a respiração dele o tempo todo enquanto esperava pela ambulância. chegaram  por volta das quatro e meia, vinte para as cinco da manhã  observações foram feitas ECG etc. foi levado novamente para o hospital. eu limpei o melhor que pude. a família (neta) do paciente telefona para a minha empresa a reclamar que eu deixei a roupa suja espalhada na casa de banho. Primeiro, é mentira! eu deixei dentro da banheira já que não havia mais recipiente nenhum onde eu pudesse deixar a roupa suja. segundo, eu sou enfermeira não sou empregada doméstica e foi isso mesmo, que a minha empresa lhe disse. nós não podemos ficar dentro da casa dos nossos paciente se eles não estiverem presentes dentro das suas casas. temos que sair mal eles saiam , e trancar a porta e devolver as chaves de casa ao cofre das chaves .  

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Cheguei aos 63 e ate já se passaram quase 4 meses

  Continuação do blogue anterior a este

Sobrevivi a 40 anos violencia doméstica. Escrevi sobre isto la atrás terminando a dizer que também eu me tornei numa pessoa tóxica e abusiva, sim é verdade mas isso foi dentro daqueles 40 anos porque a partir daí eu desliguei-me de pessoas tanto para me proteger a mim como para proteger as pessoas isolei-me 

Das três criaturas que pari só uma delas é  que ainda me vai falando as duas desligaram-me por completo da vida delas eu desliguei-me também. Se sofro? Sim quando as memórias me assaltam o pensamento. Choro de remorsos pela minha incompetência parental e incapacidade de demonstrar amor e dar colo e carinho mas o meu cérebro autista não se prende por muito tempo nessas memórias e de repente, secam as lagrimas e eu já estou ate noutra dimensão. 



quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

quase 63 anos (?) será...



No dia 31 se lá chegar, completarei 63 anos de vida.

estes 63 anos passaram a uma velocidade vertiginosa, vivi em 3 países diferentes na minha vida adulta. no entanto os meus primeiros 16 anos de vida, foram vividos em 5 países diferentes e todos eles dentro do vasto continente africano. As memórias mais acentuadas (se é que será correto este termo) são de um país que é a África do Sul. não sei se por ter passado lá muito mais tempo se por cada viagem que fazíamos ("em família" ) e regressávamos sempre como que ao ponto de partida,só me apercebi que era um ser ciente quando tinha uns 3 anos 

aos 4 anos sofria a primeira de muitas violações sexuais cometidas pelo meu progenitor aos 6 anos começaram os espancamentos por parte do meu progenitor porque até então os espancamentos eram cometidos por outras pessoas inclusive por um irmão da mulher do meu progenitor. em suma, eu fui espancada durante toda da minha vida vivida entre aqueles seres humanos asquerosos e depois fui sendo espancada pelo primeiro individuo com quem mantive um relacionamento abusivo durante alguns anos. sofri violência psicológica e física grande parte da minha vida, até me tornar eu também numa pessoa tóxica e abusiva.